domingo, 22 de abril de 2012

Renascimento I – Filosofia Natural


Com o estudo dos textos de Platão, desenvolveu-se a ideia que a Natureza era uma grande ser vivo. O homem em si, foi considerado microcosmo, podendo através de dedicação e muito conhecimento manipular os fenômenos naturais e as outras pessoas. A filosofia desta fase é caracterizada por estudos em matemática, medicina, fisiologia, farmacologia, navegação, cartografia, mineralogia, metalurgia, mecânica, cinemática, ótica a música. A astrologia e a astronomia estão vinculadas, não havendo separação entre as duas ciências. Os magos, como eram chamados os conhecedores das matérias acima eram respeitados nas vilas. Tinham perfumes, amputavam pernas, tiravam dentes, ministravam poções e chás milagrosos (pois curavam). Eram caçados pelos protestantes e pela Inquisição por praticar magia.
Renascentistas que seguiam a corrente da Filosofia Natural:
Marcilio Ficino 1433 – 1499– agregado da poderosa Família Médici em Florença, foi o responsável pela tradução para o Latim dos 18 livros da Theoria Platonica. Foi um dos fundadores da Academia Platonica, responsável pela divulgação das ideias deste filósofo.
Giordano Bruno 1548-1600 : Excomungado pela Igreja Católica e expulso pelos Calvinistas, apoiou Copérnico na teoria do heliocentrismo, não pelo sol ser o centro do universo, mas por possuir a visão cosmológica dos pré-socráticos, onde o universo é infinito. Estas ideias revolucionárias renderam um julgamento e a consequente condenação por heresia pelos tribunais da Inquisição.
Campanella 1568-1639:Giovanni Domenico Campanella ainda jovem dedicou-se aos estudos de latim e grego, traduzindo e publicando diversas obras clássicas gregas e romanas. Estas publicações levaram-no à prisão por 27 anos acusado por heresia. Solto, fugiu para França, onde foi protegido por Luís XIII e por Richelieu.Para Campanella a alma era material e o conhecimento se dava pelos sentidos. Em seus estudos encontramos bases científicas de experimentação (astrologia, medicina e química), relacionadas sobretudo às obras de Aristóteles e Demócrito.
Johannes Kepler (1571-1530): matemático, astrônomo, reformulou o telescópio refrator. Os estudos de Klepler desvincularam a astronomia da astrologia/magia, vinculando da astronomia à matemática e a física. Seus estudos tornaram-se leis fundamentais da mecânica celeste, confirmando e ampliando estudos de Copérnico e sendo base para os de Isaac Newton.